Prólogo
[OP - Simple and Clean]
Numa noite de luar, uma jovem rapariga corria apressadamente entrando no pântano. Sem prestar muita atenção à sua volta, havia alguém ou alguma coisa que observava atentamente, à espera pacientemente.
Atrás da jovem, um grupo de três jovens rapazes corriam atrás dela. A distância entre a jovem e o grupo de rapazes ficava cada vez mais curta a cada passo, até que um deles consegue apanhá-la encostando-a a uma árvore, ficando rodeada pelos três.
O ser que observa pacientemente viu o medo no rosto da jovem e a malícia nos rapazes. O rapaz que a tinha apanhado num movimento violento agarra na camisola da jovem rasgando-a expondo os seios delicados dela. Ela tentou esconder mas o rapaz não deixou, esboçando um pequeno sorriso. A voz fina dela que chamava por ajuda perdia-se no denso pântano.
A jovem viu que não ia ter escapatória, no rosto dela várias lágrimas escorriam dos olhos. Mas algo chamou atenção dela, viu um vulto negro com olhos verdes brilhantes entre as árvores a observar, onde num piscar de olhos desapareceu entre as árvores viu dois dos rapazes a transformarem-se em cinzas deixando o outro apavorado afastando-se da jovem começando a correr para a saída do pântano mas sem muito êxito.
O vulto voltou de novo para junto da jovem, em que a jovem olhava nos olhos brilhantes do vulto sem mostrar medo tapando os seios com os braços. No momento em que o vulto ia atacar a jovem fecha os olhos lentamente mostrando uma certa tranquilidade no rosto, que por algum motivo fez deter o vulto de atacar, tomando a sua forma humana feminina.
A jovem abre os olhos ficando surpresa com a mulher à sua frente que olhava com neutralidade. Ela dá à jovem um pedaço de tecido para poder cobrir-se, começando a afastar-se da jovem, que levanta-se do chão, agradecendo numa voz doce. A mulher pára voltando-se para a jovem um pouco surpreendida.
A mulher ficou pensativa em silêncio durante algum tempo antes de falar de novo.
As duas foram ao cais que ficava um pouco afastado da cidade principal, lá Selina falou com o capitão, pedindo amavelmente que as deixa-se subir a bordo, mas este recusa o pedido dela querendo dinheiro em troca. Selina não tinha como pagar a portagem, mas Rhoda sem muitos rodeios pegou numa pequena bolsa de pele fechada e atira ao capitão que fica espantado, em que este dá-lhes passagem para entrar no barco que seguia viagem para Flotsam.
No barco existia muito mais homens do que mulheres a bordo, onde vários olhares curiosos muitas vezes encontravam o olhar de Rhoda mas eram desviados com intimidação dela. No ombro sentiu a cabeça de Selina que acabou por adormecer na viagem, nada disse ou fez, apenas pensou que por algum motivo o destino quis cruzar os caminhos delas.
[ED - Sanctuary]
















